A borda da roupa do homem balançava sozinha, sem vento, e Bruno chegou com raiva.
Ele foi se aproximando, passo a passo, e, com um movimento brusco, abriu a porta do carro e agarrou meu pulso, que ainda segurava o volante.
— Você quer me matar?!
Ele me arrastou para fora do carro, e no instante seguinte, levantou meu queixo com a mão, forçando-me a olhá-lo. Nos seus olhos, havia ódio suficiente para destruir o mundo, como se quisesse me devorar.
Ele ficou me encarando, com os olhos ainda mais furiosos, e disse:
— Quem te deu permissão para fugir?!
Sair dele era o mais natural do mundo. Eu estava lutando, mas isso só parecia irritá-lo ainda mais.
Sua mão estava firme em meu ombro, segurando-me com uma força que parecia durar uma eternidade, até que, finalmente, ele disse, em tom ameaçador:
— Vai tentar correr de novo?!
A dor se espalhava pela pele, até alcançar os ossos, e eu estava tão irritada que o empurrei com força.
— Bruno, quem você pensa que é?! Eu preciso te dar satisfação pa