— Vandalizados? — Bruno ponderou por um momento antes de perguntar. — Quem fez isso?
— Presidente Bruno, foi o Sr. Rui da família Sampaio. Ele disse que hoje quase foi atropelado e quis testar se dirigir era tão difícil assim, nem conseguir controlar bem o volante... — A voz da assistente Isabela ficou cada vez mais baixa. — O Sr. Rui pediu para eu lhe repassar que, de fato, é bem difícil...
Bruno não respondeu, apenas me encarou em silêncio. Após um longo tempo, ele deu um passo à frente, permitindo que eu ouvisse mais claramente a conversa ao celular:
— Não precisa mandar o carro para o conserto. Outro dia, eu e minha esposa vamos pessoalmente levá-lo até ele. — Ele encerrou a ligação e, virando levemente a cabeça na minha direção, seus olhos negros se estreitaram perigosamente. — Estou muito curioso, como vocês entraram em contato?
Ele chegou até a esboçar um sorriso, o que suavizou as linhas duras de seu rosto. No entanto, eu sabia bem que, quanto mais ele sorria, pior estava o seu