O momento em que Bella tocou a mão da entidade sombria foi como tocar a própria essência da dor. Ondas de agonia, séculos de sofrimento acumulado, e uma solidão tão profunda que parecia infinita inundaram sua consciência. Mas Bella não recuou. Em vez disso, ela canalizou sua própria essência através do toque - amor, esperança, a força de todos os vínculos que havia formado.
— Eu vejo você — sussurrou Bella, suas palavras ecoando através da dimensão cinzenta. — Vejo quem você era antes.
As memórias começaram a fluir entre elas. Bella viu uma jovem mulher, séculos atrás, que havia perdido tudo que amava em uma guerra brutal. Viu como o Artesão das Lágrimas havia encontrado essa alma despedaçada e a moldado, alimentando sua dor até que ela se tornasse algo monstruoso.
— Meu nome era... era Lyra — sussurrou a entidade, sua voz quebrando. — Eu tinha uma família. Eu tinha esperança.
— Você ainda pode ter — disse Bella, intensificando a conexão entre elas. — A dor não precisa defini-la. Você