THANE
Lembrei-me das palavras de Regnux. Ele suspeitara de Riley e, provavelmente, notara algo que eu, cego pela devoção, não conseguira enxergar.
Lembrei ainda do súbito desaparecimento de Riley e de como, a partir daquele momento, ela passou a insistir em acompanhar-me a todos os lugares. Era a única que conhecia o esconderijo das chaves da cela de Bailey e, mesmo assim, preferi crer na existência de uma cópia. Estava disposto a aceitar qualquer explicação, menos a verdade que, gritante, permanecera diante dos meus olhos.
Um tolo, foi isso que descobri ser.
As evidências pareciam cristalinas e, ainda assim, eu recusava-me a aceitá-las. Não podia ser verdade. Já tivera o coração despedaçado antes. A morte de Bella deixara-me uma chaga tão profunda que eu não conseguira sarar sozinho, razão pela qual Axel criara um vínculo comigo para dividir aquela dor.
Contudo, jamais amara uma companheira como amei Riley e, por isso mesmo, recusava-me a crer no óbvio. A verdade escancarava-se diante