“Mônica Vargas”
Cá entre eu e eu mesma, o Maurice era um idiota! Não sabia nem gerir uma empresa! Ainda bem que eu estou tratando de me precaver, porque do jeito que vai, isso aqui vai desandar. Eu até pensei que ele era mais esperto, pensei que eu poderia acabar virando dona dessa empresa e acabei jogando meu charme pra ele que caiu mais rápido do que eu pensei. Mas ele acabou me transformando na amante e se casou com uma riquinha, uma das filhas do dono da empresa de concreto que nos atendia. Fazer o quê, me convinha continuar com ele.
Até que o Maurice era um tipo bonito e interessante, com aquele cabelo castanho partido de lado, alto e magro, quase como se tivesse saído dos anos cinquenta, as maçãs do rosto salientes e o nariz reto, tipicamente francês, tornavam o seu rosto atraente, mas seus olhos castanhos eram inexpressivos e não chamavam a atenção como os do Martim.
Ah, o Martim! O Martim era outra categoria de homem, se bem que ele nem poderia ser chamado de homem, aquilo era