“Martim Monterrey”Eu coloquei as malas no carro, a Abigail entrou e eu dirigi para o centro da cidade. Por sorte na cidade tinha um hotelzinho e, como era baixa temporada, tinha um quarto vago.- Me espera aqui um minuto? – Eu pedi a Abigail, ela fez que sim e se sentou na recepção.Eu queria ver o quarto e ver o que eu poderia fazer. Expliquei ao gerente a situação e ele disse que poderia arrumar algo. Meia hora depois ele tinha conseguido arrumar o quarto pra gente.- Nossa, você foi rápido! – Comentei ao ver como tinha ficado lindo, simples com algumas flores e abajures, algumas almofadas e fitas vermelhas na cabeceira da cama e uma bandeja com um balde de gelo e um espumante, duas taças e alguns morangos e bombons sobre uma mesa de vidro.- Minha esposa tem um pequeno buffet aqui na cidade e sempre faz umas decorações aqui no hotel. Não é luxuoso, mas espero que seja aconchegante para vocês. – O homem sorriu e eu o agradeci, estava perfeito.Voltamos para a recepção e a Abigail e
“Martim Monterrey”Ela deu um passo para trás, segurou o vestido sobre os seios com um braço e com a outra mão ela desceu lentamente o zíper lateral. Vê-la se despir para se mostrar a mim foi ainda melhor do que eu mesmo abrir aquele zíper. Depois de abrir o zíper, ela soltou lentamente o vestido, que caiu em seus pés revelando o seu corpo perfeito, de curvas sinuosas e pele macia. Ela deu um passo para fora do vestido e para perto de mim.Enquanto meus olhos deslizavam pelo seu corpo de formas perfeitas, eu vi a sua fina calcinha de renda branca, quase transparente, e aqueles sapatos vermelhos de saltos altíssimos, ousados e poderosos, que a deixavam cheia de confiança e atitude. Ela era mais, mais do que tudo que eu poderia querer, mais perfeita do que eu poderia ter sonhado, mais irresistível do que eu poderia imaginar.Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, meus lábios já estavam sobre os dela. Uma de minhas mãos se entrelaçou em seu cabelo, enquanto a outra segurou em sua ci
“Abigail Zapata Monterrey”Eu estava completamente entregue àquele homem lindo que reverenciava o meu corpo. Cada beijo, cada toque gentil e firme que ele me dava fazia que eu me sentisse muito importante para ele, como se ele precisasse de mim por muito mais que uma noite, por muito mais que o prazer que dois corpos podem atingir.E ele estava me fazendo querer muito mais dele. Sem que eu me desse conta antes, ele se infiltrou em mim lentamente e se tornou mais importante do que eu poderia supor, mais importante do que eu poderia explicar racionalmente. E eu nem queria explicar, eu só queria sentir, porque o que ele estava me oferecendo era bom demais para resistir.Eu me virei sobre ele e olhei em seus olhos. Eu vi muitas emoções dançarem em seus olhos verdes, que irradiavam aquele brilho dourado em torno das pupilas, e eu vi uma doçura, um encantamento, que derrubou a última barreira erguida dentro de mim. Nada mais me importava, só estar em seus braços e sentir tudo o que ele me o
“Emiliano Quintana”Eu estava de pé na sala de estar da casa da minha mãe, eu precisava de conselhos e ela sempre foi a minha melhor conselheira. O que aconteceu no casamento do Martim e da Abigail no dia anterior havia me estressado por completo.- Emiliano, meu filho, que bom que você veio tomar o café da manhã comigo! – Minha mãe desceu as escadas e veio em minha direção já de braços abertos.- Mãe, bom dia! – Eu a abracei e lhe dei um beijo no rosto.- Vem, vamos nos sentar. – Ela saiu me puxando até a sala de jantar onde a mesa já estava posta. – Que papelão da sua noiva ontem, hein?!Claro que a minha mãe tocaria no assunto, a Camila e ela não eram muito próximas. Para falar bem a verdade, a minha mãe não era nem um pouco fã da Camila.- Mãe, não foi ela, foi a prima. A Camila ficou coberta de tinta. – Eu não consegui esconder o riso.- Aquilo foi bem feito pra ela! Mas eu estou falando do quanto ela provoca a Abigail, Emiliano. Ou você não percebe? Não vê que ela vive implicand
“Camila Fernandes”O que deu no Emiliano para me ligar tão cedo com essa história de vamos conversar? Tudo bem que ele ficou nervoso ontem com o que a Letícia fez, mas no fim das contas quem levou a pior fui eu. Droga! Eu precisava pensar em alguma coisa, não podia perder o Emiliano, ainda mais por causa da idiota da Letícia que nem sabe fazer as coisas.E eu ainda preciso colocá-la pra fora. Me levantei e fui até o outro quarto acordar a Letícia.- Letícia! Acorda, Letícia! – Eu a sacudi, mas ela se virou para o outro lado.- Ai, me deixa, Câmi! – Ela reclamou, mas ela não ia atrapalhar os meus planos.Eu fui até a área de serviço, peguei um balde e enchi de água, voltei para o quarto e virei o balde na cabeça dela.- Aaaaaahhh! Sua louca! – A Letícia pulou da cama reclamando. – Perdeu o medo da morte, Camila? Porque eu vou te matar!- Vai matar nada! Vai é arrumar suas coisas e cair fora. – Eu estalei os dedos.- Que palhaçada é essa, Camila? – A Letícia gritou irritada.- Palhaçada
“Martim Monterrey”Aquele café da manhã na cama com a Abigail tinha sido perfeito, cheio de beijos e carinhos, e depois eu a tive em meus braços outra vez. Eu não tinha a menor idéia de como, mas essa coelhinha estava me prendendo no seu laço. Seu jeito espontâneo me deixava encantado, sua diversão e entusiasmo com as coisas mais simples eram um charme que me hipnotizava, eu estava cada vez mais fascinado por ela e louco para descobrir tudo o que eu ainda não sabia.- O que você acha de irmos à praia? Lá na pedra, pegar um sol, dar uns amassos sentindo a brisa do mar... – Eu beijava o seu pescoço enquanto ela penteava o cabelo em frente ao espelho do banheiro.- E depois nós podemos almoçar na cidade e andar por aí? – Ela tinha os olhos bem abertos como se estivesse se empolgando com a idéia.- Podemos tudo o que você quiser, coelhinha, até voltar pra esse quarto e passar a tarde na cama. – Eu dei uma mordidinha em seu ombro e ela fechou os olhos, parecia ter gostado daquilo.- Você é
“Abigail”Acordei sentindo mãos fortes em meus braços e lábios quentes sobre a minha pele. O Martim estava cobrindo as minhas costas de beijos quentes e úmidos e passando suas mãos suavemente em mim. Aquilo era uma delícia.- Huuumm... esse é o meu novo jeito preferido de acordar. – Eu falei antes de abrir os olhos e senti o seu riso em minha pele.- E qual era o anterior? – Ele perguntou curioso.- Acordar com a cabeça no seu peito e a mão nesse seu abdômen trincado! – Respondi sem pensar.- Eu sabia! – Sua voz divertida soou no meu ouvido, seu hálito quente me deixando arrepiada. – Todas as vezes que dividimos a cama você se aproveitou do meu corpinho!- Ah, vou mentir pra quê? – Eu abri os olhos e me virei para encará-lo. Ele estava sorrindo. – Mas chamar tudo isso de corpinho é ofensivo, né, ursinho! Isso é um corpão, querido, e um corpão gostoso além da conta. – Ele deu uma gargalhada muito divertida e eu passei a mão pelo seu peito.- Eu disse que essas mãozinhas são gananciosas
“Abigail Zapata Monterrey”O Martim e eu passamos o dia na cama, nada do lado de fora daquele quarto nos importava. Eu só queria ficar em seus braços, ganhar os seus beijos e não pensar em mais nada. Mas à noite ele insistiu para que saíssemos para jantar.- Por que a gente não deixa pra sair amanhã, ursinho? – Eu perguntei enquanto pegava a sandália no armário para calçar.- Porque amanhã nós vamos voltar para a casinha. – Ele deu um beijo no meu pescoço e tirou a sandália das minhas mãos. – Ou você quer continuar aqui no hotel? Também podemos ficar.- Não, eu quero ir para a casinha. Eu gosto de lá! De frente para o mar. – Eu sorri e me sentei na cama. Ele se abaixou e calçou as sandálias em mim.- Então vamos sair, você vai gostar. – Ele se levantou animado e me puxou.Nós saímos do hotel e caminhamos um pouco, até um restaurante que ficava bem perto. Da outra vez em que estivemos aqui eu tinha notado esse restaurante, ele era pequeno, tinha uma varandinha cercada por grades baixas