CARMEM NARRANDO. Páro e eles passam na frente, destravo o carro e o Ian chora e eu me viro para acamá-lo, foi muito rápido só sinto a porta sendo aberta e um revólver na minha barriga. — Calada, não faça nenhum alarde. Vai ficar tudo bem se você não começar a dá uma de esperta. — Por favor, não nos faça mal. - Eu só pensava no Ian e no meu bebe. — Calada, fica quietinha. - Ele colam uma algema nas minhas mãos e me põe no banco de trás. Percebo que eles mexem em alguma coisa do painel. — Pronto já desativei o rastreador do carro. Desliga aí o celular dela. - Eles pegam o meu dedo e daí desligam o meu celular e no meu carro eles seguem não sei para onde, meu coração estava a mil, mas mantive a calma por causa do Ian. Vejo eles pegarem o celular e fazerem uma ligação. — Chefe, conseguimos, já estamos com os dois. - Não sei o que os outros falaram, mas eles responderam que estava certo. — Pode deixar que iremos levar elas para o galão que era do Romeu. - Que Romeu? q
ALEX NARRANDO Deixo a Carmem em casa depois daquela notícia maravilhosa e vou me encontrar com o Sugg, ele tinha mandado mensagem falando que tinha notícias de coisas lá de Barcelona. Sigo meio tenso para o galpão onde eles estavam. Meu telefone toca e olho e é o Tom. — Ola Tom. — Posso saber porque você não me falou que ia pro interrogatório dos caras que pegaram? — Ai Tom, me desculpa, foi tudo em cima da hora que esqueci de avisar. Mil perdões. — Tinha que ter me avisado. Você nunca participou de uma tortura, e não tem perfil para isso Alex. Você não é esse tipo de pessoa, e nunca será, você tem índole boa, não pode se corromper a isso, eu como seu irmão nunca irei deixar. Eu nasci nisso, não tive escolha, mas se eu pudesse não estaria nisso, mas você não. Eu estou no caminho já, quase perto, o Sugg me avisou. - Porra, o que dizer disso, meus olhos se enchem d’água, ele realmente é o irmão que eu nunca tive, e como eu queria ter tido irmão. Mas fui privado disso qua
ALEX NARRANDO Seguimos para o local e ao chegarmos lá fomos recebidos com tiros, mas tinham poucos homem e em pouco tempo abatemos todos. Encontrar a Carmem e o Ian bem, foi um alívio. Seguimos para casa e estávamos bem estressados, liguei para a Noemi e a tranquilizei, pedi para ela se arrumar que iria passar lá e pegá-la. A pegamos e fomos todos para casa do meu pai. A Liza estava lá junto com a Karol e a Paola. Enquanto elas ficavam juntas conversando eu fui me reunir com o meu pai, o sr Fernando o Tom e o Sugg. Fomos todos para o escritório. Tínhamos que contar tudo ao meu pai. — Pai, precisamos te contar uns fatos que descobrimos. — Sobre o que meu filho, esse atentado e o meu? eles têm relação? — Isso pai, tem, mas o pior está por vir. Íamos fazer a exumação do corpo da minha mãe e do meu irmão, descobrimos que tinha pedra no lugar dos restos mortais. — Como assim filho, do que você está falando.- Ele estava incrédulo. — É isso que você escutou pai, o
IGOR NARRANDO Eu e a Irina chegamos em casa e a minha mãe já tinha se recolhido, no caminho eu liguei para o meu avô e falei que precisava conversar com ele urgentemente. Eu não posso ficar muito tempo com isso engasgado em mim, preciso conversar com o meu avô que é um homem justo e vai saber o que fazer. Mal consigo dormir e acordo muito cedo, tomo um banho me troco e desço, todos estavam na mesa, mas eu não conseguia olhar pra cara dele. — Bom dia. - Todos respondem. — Não vai tomar café filho? - A minha mãe fala comigo. — Não mãe, hoje temos a manutenção do sistema de rede e preciso chegar mais cedo. Inclusive vocês se forem precisar muito de internet acho melhor ficarem em casa pois como estamos mudando de servidor, vai ficar muito inconstante o sinal. — Sendo assim, eu vou trabalhar em casa hoje. - Ele falou. — Eu tenho aula da pós hoje pela manhã. Aí depois eu volto para casa e trabalho aqui mesmo. — E você Vladimir vai trabalhar em casa também? - O meu
CARMEM NARRANDO. Acordo e olho para o lado e o Alex não está. Acho até que ele nem dormiu tadinho. Está se culpando por tudo que aconteceu ontem. Mas que história é essa meu Deus. O que será que de fato está por trás disso tudo, que mistério envolve a mãe dele? Fico com pena do Sr James, ele está completamente abatido. O Alex de uma lado exaltado culpando a mãe por tudo, o pai tentando apaziguar achando que tem algo muito sério nisso tudo e que precisa e que precisa escutar ela. Levanto e já estou enjoada, aff vai ser assim até quando hein? vomito o que tenho e o que não tenho. Tomo um banho e desço, já eram 10h, hoje era domingo. Na sala estava o Alex, o Ian brincando no quadrado, a Noemi e o Sr James.. — Bom dia a todos. — Oi amor, bom dia. - Ele levanta e vem ao meu encontro e nos beijamos. — Dormiu bem? tá tudo bem com você, não sentiu nada? - Passo a mão em seu rosto, essa preocupação dele é maravilhosa. — Não senti não amor, só os enjoos de sempre. Não se pre
IGOR NARRANDO Depois da conversa com meu avô fui para a empresa e em seguida soubemos que houve um roubo de carga enorme em Ecaterimburgo e o Mikhael teve que ir e só voltaria dali a 5 dias, não entendi porque tanto tempo. Agora depois do alerta que a Irina fez, observarmos que quando ele viajava deixava muitos homens em nossa casa, não era apenas para a proteção, era para vigiar mais ainda a nossa mãe. Uma coisa boa nisso tudo, era que quando ela estava com nos 3 ele não ficava tão em cima, porque eu tinha os meus seguranças que eram muito bem treinados e ele não mandava os dele. Isso era uma coisa boa. Meu telefone toca, era o meu avô. — Oi vô, aconteceu alguma coisa? — Sim, seu pai vai viajar hoje, eu fiz com que ele passe mais tempo por lá, resolvi ligar para umas pessoas para marcar umas reuniões que iriam acontecer de toda forma, mas eu só resolvi que ele ficaria mais tempo para que um plano que veio a minha cabeça pudesse ser posto em prática. — Do que o senh
ALEX NARRANDO Enfim chegou o dia do encontro com o pai do Mikhail, eu estava bem apreensivo, não sabia o que esperar, não sei se ele de fato é um homem que ficaria contra o filho, acabamos de desembarcar em Varsóvia, eu, Tom, Sugg e o meu pai que quis vir de todo jeito, e no fim das contas ele está com toda razão, quase foi morto por esse maluco. Fomos para o hotel, pois o encontro só seria amanhã às 11h. Ficamos cada um num quarto, eu precisava ficar só, o meu pai tentava me convencer que deveríamos primeiro escutar a Izabel, eu não conseguia mais pensar nela como mãe. Se para mim já era difícil, agora então é pior ainda. E se ela realmente estivesse mancomunada com esse homem? Eu não vou pensar mais nada sobre isso, deixa chegar amanhã, eu prefiro pensar o pior e me deparar com um cenário bom, do que o inverso. Já era perto das 23h e o meu celular toca. — Oi amor, como você está? - pergunto a ela, sei que ela estava bem apreensiva por mim, ela sabia do meu sofrimento
ALEX NARRANDO CONTINUAÇÃO Toda aquela história parecia surreal, eu não podia acreditar que fomos privados da convivência por 34 anos por causa de uma obsessão de um homem. Inicialmente fui arredio com a minha mãe, porque acreditava que ela me deixou, mas depois de escutar todo o relato dela e dos meus irmãos e olhar em seus olhos e ver a dor, sim eu acredito. — Por favor filho, me dê esse abraço que eu esperei por tanto tempo. - Olhei em seus olhos e as nossas lágrimas caem em cascatas e vou até ela e a abraço e a emoção nos toma por completo. — Ai meu amor, que vontade que eu tinha de sentir você em meus braços, não tinha um único dia na minha vida que eu não lembrasse de você, que eu não quisesse estar ao seu lado. Deixar você e seu pai para trás foi uma das piores coisas que já me aconteceu na vida- Ela me olha nos olhos e passa a mão no meu rosto. — Nunca mais eu quero ficar longe de você, nunca mais meu filho. - Nos abraçamos mais fortes. Toda aquela dor represa