Capítulo 48 - Max

Ele me paga. Juro que me paga.

Apertei o volante enquanto seguia para o hospital. O sangue descia quente pelos lábios, grosso, insistente. Não foi a primeira vez. Victor sempre foi pavio curto; tira-lo do eixo nunca traçado muito esforço.

Como aguentou aquela garota? Onde o colapso já se viu uma torre de taças e ele posar de herói? Eu teria fingido que nem conhecia e, em casa, a conversa seria outra: dura, sem floreio.

Dava muita moleza. Como sempre. Por isso Renata voltou tão fácil. Ligou pedindo ajuda para se aproximar dele de novo. A brecha estava dada — aproveitei. Bastou mexeu dois pauzinhos e entrou no esquema. Agora, contratada, ficaria ao lado dele o tempo todo. Em troca, entregaria o que eu precisasse.

Estacionei no hospital e tranquei o carro com um bip. O gosto metálico encostado na língua; cúspide no chão e limpei o nariz com o dorso da mão, tentando conter a corrente.

Cruzei a porta. A recepcionista me encarou, olhos arregalados.

— Deveria ter entrado pela emergência, sen
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App