Termina de servir o vinho e se levanta, contornando a mesa devagar. Cada passo dele é calculado, firme, como se o próprio ar entre nós fosse parte do jogo. Quando para atrás de mim, sinto o calor do seu corpo antes mesmo de seu toque.

Seus dedos tocam meus ombros nus e deslizam lentamente pelos meus braços. Arrepios me percorrem como uma onda.

— Está tudo bem, minha linda? — ele sussurra, a boca perigosamente próxima do meu ouvido.

— Nunca estive tão bem… — respondo, e minha voz sai mais baixa do que imaginei.

Pedro se inclina e deposita um beijo leve na curva do meu pescoço. Um toque suave, mas que acende algo dentro de mim, algo impossível de ignorar.

Viro o rosto e nossos olhares se encontram. A tensão entre nós é palpável, quente, viva.

Ele estende a mão, e eu aceito sem hesitar.

— Vem comigo. — diz apenas, e sua voz soa como um convite impossível de recusar.

Caminhamos até a varanda, onde o vento noturno brinca com as luzes e o perfume das flores