Bernardo se aproximou um pouco mais, e sua mão deslizou lentamente pela minha cintura até descansar na base das minhas costas. Eu ainda estava observando o quarto, absorvendo os detalhes que diziam tanto sobre ele, mas ao sentir o toque, virei o rosto para encará-lo.
— É estranho estar aqui — confessei. — Não de um jeito ruim… só parece que estou descobrindo uma nova parte sua.
Bernardo sorriu de canto, me observando com aquele brilho divertido nos olhos.
— Você não tem noção do quanto a minha versão adolescente desejava ter uma mulher gostosa aqui no meu quarto. — disse, com aquele tom malicioso que só ele sabia usar.
Soltei uma risada, surpresa pela sinceridade desajeitada, mas encantadora.
— Coitado desse adolescente. Mal sabia ele que um dia teria uma mulher adulta, cansada da viagem e de moletom, sentada na cama dele. — provoquei, erguendo uma sobrancelha.
— Exausta e de moletom, mas ainda assim absurdamente linda e gostosa. — Ele rebateu sem pensar, com uma sinceridade qu