A manhã começou com o som firme dos sapatos de Lorenzo ecoando pelos corredores da empresa. O terno cinza-escuro contrastava com o semblante indecifrável, o olhar tão seguro quanto determinado. Seus funcionários o conheciam como o Ceo inabalável, o estrategista frio, o dono da última palavra. Mas, naquele dia, ele não vinha para liderar, vinha para pausar.
Ao chegar na sala de reuniões, todos os diretores e líderes de setores já estavam presentes. Havia um burburinho discreto no ar, interrompido apenas quando Lorenzo empurrou a porta com firmeza. Silêncio imediato. Ele caminhou até a cabeceira da mesa, os olhos observando um por um.
— Agradeço por estarem aqui. — começou, tirando o paletó e pendurando nas costas da cadeira, um gesto que poucos tinham visto antes — Preciso de cinco minutos da atenção e da confiança de todos.
Um dos diretores, visivelmente nervoso, pigarreou.
— Está tudo bem, senhor Salvatori?
Lorenzo assentiu lentamente, mas seus olhos não disfarçavam a verdade.
— Esto