Capítulo 31

~ HENRIQUE ~

Assim que a porta do elevador engoliu Logan Novak, o andar pareceu respirar de novo.

Não porque ele fosse um monstro — embora muita gente no prédio apostasse que sim —, mas porque Logan carregava um tipo específico de gravidade. Ele entrava num ambiente e as coisas se alinhavam: papéis, pessoas, intenções. Até o ar ficava mais eficiente.

Eu voltei para a minha sala com essa sensação grudada na nuca e fechei a porta atrás de mim.

Sentei, encostei os dedos na mesa e fiquei olhando para o nada por exatos três segundos, como se isso fosse uma pausa. Não era. Pausa de verdade é quando a cabeça para de trabalhar. A minha não parava.

O nome tinha batido na minha retina como placa de trânsito: rápido, inevitável, impossível de “desver”.

Eu não tinha visto de propósito. O RG tinha escorregado da pasta da Mareu, eu me abaixei, peguei, entreguei… e meu cérebro, maldito, fez o que sempre fez: leu. Registrou. Catalogou.

Maria Eugênia Valença.

Eu tinha fingido normalidade, porque a alt
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