Eu desliguei com a mão tremendo e peguei a bolsa com pressa demais, derrubei o guardanapo no chão e nem me abaixei. O meu corpo estava inteiro no colégio, só a minha pele ainda estava ali.
E Logan… Logan já estava de pé, como se a ligação tivesse sido pra ele.
— Vamos — ele disse, curto.
— Eu… eu vou chamar um Uber — eu comecei, porque meu cérebro gosta de falar frases inúteis em momentos de pânico. — Eu combinei com o motorista só mais tarde…
Logan já tinha a chave na mão.
— Eu estou de carro.
Logan não esperou elevador. Foi na escada. Eu fui atrás, tropeçando na própria dignidade.
No estacionamento, ele abriu a porta do carro como se o metal fosse culpado pelo atraso.
— Entra.
Eu entrei. Ele bateu a porta. E, quando ligou o carro, o mundo virou velocidade.
— Ela se machucou? — ele perguntou, já saindo com o carro.
— Eu não sei. Eu não entendi direito. A ligação tava...
— O que disseram?
— Eu não sei. Tava falhando e...
Logan trancou o maxilar.
— Quem falou? Uma professora? A diretor