Nate Donovan
Saí da casa dela com o sangue fervendo. A porta bateu atrás de mim como um martelo de sentença, e o som pareceu ecoar dentro da minha cabeça mais do que no próprio corredor. Cada passo até o Porsche pesava como chumbo, como se o chão me puxasse para trás. Eu queria girar nos calcanhares, arrombar aquela porta de novo, segurá-la pelos ombros e implorar que me ouvisse.
Mas a lembrança dela , os olhos marejados, a voz trêmula dizendo que eu já tinha destruído a confiança entre nós, me paralisou. Não havia força suficiente no mundo que me fizesse ignorar aquelas palavras.
Apertei o controle e o carro piscou, mas fiquei parado, encarando o reflexo distorcido do meu rosto no vidro.
Droga.
Sentei ao volante, mas não liguei o motor de imediat