Lúcia Mendes
Tomei um banho longo. Longo o suficiente para tentar lavar qualquer resquício de Nate do meu corpo. Mas era inútil.
Ele estava em todos os cantos. No toque que parecia ter marcado minha pele, no cheiro que ainda impregnava minhas roupas, no calor que não saía mesmo com a água gelada escorrendo pelas costas. Ele era malditamente persistente. E insuportavelmente irresistível.
Saí enrolada no roupão branco felpudo do hotel e com a toalha no cabelo, preparada para aproveitar meus minutos de paz… até abrir a porta do banheiro.
E lá estava ele. Deitado na cama. Braço dobrado atrás da cabeça, pernas cruzadas, celular em um