Nate Donovan
A recepção do hospital estava quase vazia àquela hora da noite. O piso brilhava demais, as luzes frias ardiam nos olhos. Eu precisava respirar, me afastar do peso dos corredores de UTI, das lágrimas da Olivia, do desespero do David. Caminhei até uma janela lateral, apoiei as mãos no parapeito e puxei o celular.
Havia apenas um nome que importava agora.
Lúcia.
Disquei. Esperei. Quando a voz dela veio, baixa, sonolenta, algo dentro de mim quebrou.
"Nate? O que houve? Eu sei que você e Olivia estão me escondendo algo..."
Fechei os olhos. Eu tinha que dizer. Não dava mais para segurar.