O dia amanheceu nublado, como se o próprio céu estivesse refletindo os turbilhões internos de Clara. Ela acordou com a sensação de que o peso do mundo ainda estava sobre seus ombros, e embora a presença de Gabriel fosse reconfortante, ela sabia que as escolhas que estava prestes a fazer eram imensamente complicadas. A vida com ele, o reencontro, o recomeço, tudo parecia um jogo arriscado. Ela tinha que ser cautelosa, mas ao mesmo tempo, não queria deixar a oportunidade de reconstruir uma relação que já tinha sido marcada por tanto tempo de afastamento.
Aurora, sua filha, dormia tranquila no berço ao lado da cama. Clara a observou por um momento, sentindo uma paz temporária. Ela sabia que qualquer decisão que tomasse afetaria o futuro da filha, e isso a fazia hesitar ainda mais.
Depois de um café rápido e de um olhar para o relógio, Clara pegou sua bolsa e se dirigiu à porta. O dia estava começando, mas ela tinha algo importante a resolver. No fundo, sabia que Gabriel a estava esper