Um Jogo de Sombras
Carlos
João permaneceu em silêncio por alguns segundos, e o clima na sala de reuniões tornou-se cada vez mais tenso. Ele olhou para mim e depois para Isabela, como se estivesse processando cada palavra que havíamos dito. Era claro que estávamos pisando em um território perigoso, mas não havia como voltar atrás.
— Evidências? — João finalmente respondeu, arqueando uma sobrancelha com desdém. — Vocês não têm nada. Isso é uma tentativa patética de me intimidar.
Isabela manteve o olhar fixo, sem desviar por um segundo. Admirei sua determinação; ela não recuaria diante de um confronto, especialmente com João.
— Temos mais do que você imagina — respondi, mantendo o tom controlado. — Sabemos dos seus movimentos e do seu interesse em minar o nosso projeto. Não vamos permitir que isso aconteça.
A sala inteira estava atenta. Os executivos, que até então mantinham o foco na reunião, agora observavam o embate que se formava. Era claro que todos estavam se perguntando o que viri