Laços de Traição
Carlos
Estar de volta ao escritório ao lado de Isabela me trouxe uma sensação de urgência. A invasão ao sistema era mais do que um ataque cibernético; era um jogo psicológico. João sabia onde nos atingir, e, mesmo com todas as medidas que estávamos tomando, algo me dizia que ele estava sempre um passo à frente. E essa sensação me corroía.
Eu a observava de relance enquanto ela digitava freneticamente em seu laptop, tentando isolar as áreas mais vulneráveis da empresa. Ela parecia forte, determinada, mas eu sabia que a pressão estava se acumulando. A tensão entre nós, depois do beijo, também estava presente, como uma corrente elétrica silenciosa. Não era algo que eu pudesse ignorar, mas Isabela já havia deixado claro que não repetiria o que aconteceu.
— Precisamos de uma reunião com o conselho para discutir as próximas etapas — ela disse, sem me olhar, mantendo-se focada no que fazia.
Eu assenti, embora minha mente estivesse em outro lugar. Algo sobre o ataque não fazi