~ BIANCA ~
— Bianca, por favor — ele estendeu a mão, seus olhos suplicantes, desesperados. — Se acalma. Respira. Isso é bom, na verdade. É melhor assim. Agora posso te ajudar de verdade, sem mentiras entre nós. Posso te contar tudo que aconteceu, posso entrar em contato com sua família, com seu irmão Christian que ligou procurando por você. Posso...
— Não, não, não — continuei sussurrando como um mantra, balançando a cabeça violentamente mesmo que cada movimento mandasse ondas de dor através do meu crânio.
Nada fazia sentido e ao mesmo tempo tudo fazia sentido. As duas realidades existiam simultaneamente, rasgando minha mente em direções completamente opostas, me partindo ao meio.
Foi então que a porta da cabana se abriu com um rangido alto e violento, como se tivesse sido empurrada com força considerável. Ar gelado invadiu o espaço pequeno e aquecido, fazendo as chamas da lareira dançarem loucamente e mandando cinzas voando.
Nico e eu nos viramos ao mesmo tempo, nossos corpos reagind