~ Nathaniel ~
— Você fala como se Anne não tivesse escolha — disse, me recostando na cadeira para encará-lo.
Marco pausou, se inclinando ligeiramente para frente na cadeira com aquele sorriso calculado que me irritava profundamente. Havia algo no jeito dele que sugeria que estava sempre três passos à frente de todos os outros, como se fosse o único enxergando o quadro completo.
— Ela tem escolha — respondeu, ajustando a posição na cadeira. — Mas parece que algo a prende a Londres. Algo que a faz hesitar em aceitar uma oportunidade claramente melhor para sua carreira.
Ele se inclinou ainda mais para frente, estudando minha expressão um olhar penetrante. Era como se estivesse tentando ler cada microexpressão, cada pista que pudesse revelar o que eu realmente pensava.
— Esse algo seria você, Nathaniel?
A pergunta pairou no ar entre nós como uma bomba prestes a explodir. Mantive minha expressão neutra, mas internamente senti como se ele tivesse me acertado com um soco no estômago.
— Não —