Acordei com os olhos inchados e a cabeça latejando. A luz do sol filtrava através das cortinas, indicando que já passava das nove da manhã. Havia dormido apenas algumas horas, e mesmo assim um sono agitado, interrompido por pesadelos onde Christian me olhava com desconfiança e desprezo.
Sentei-me na beirada da cama, passando as mãos pelo rosto. Minha pele ainda estava sensível de tanto chorar na noite anterior. Depois que Christian saiu, fiquei horas no sofá, alternando entre raiva e tristeza, tentando entender como tudo havia desmoronado tão rapidamente.
De certa forma, eu entendia a reação dele. Realmente parecia suspeito - os vinhos, o cartão de Eduardo, o timing de tudo. E eu sabia sobre Francesca, sobre como ela havia traído a confiança dele. Era natural que seus traumas do passado influenciassem suas reações, mesmo que isso não tornasse a dor menos real.
Mas eu esperava que ele voltasse quando esfriasse a cabeça. Ou pelo menos que ligasse para conversar como adultos civilizados.