Capítulo 106

Encontrei Giuseppe na adega privada, um espaço quase sagrado da mansão, reservado apenas para as garrafas mais raras e especiais. A temperatura era cuidadosamente controlada, e o cheiro de madeira antiga e vinho envelhecido criava uma atmosfera quase mística. As paredes de pedra eram cobertas por prateleiras que abrigavam garrafas que valiam mais que carros de luxo – um testamento à história e tradição dos Bellucci.

Giuseppe estava sentado em uma cadeira antiga de couro, admirando uma garrafa empoeirada sob a luz ambiente. Mesmo aos 83 anos, havia uma força em sua postura que comandava respeito. Suas mãos, marcadas pelo tempo e pelo trabalho, seguravam a garrafa com a reverência que um sacerdote reservaria para um objeto sagrado.

— Giuseppe? — chamei suavemente, não querendo assustá-lo.

Ele ergueu os olhos, um sorriso iluminando seu rosto enrugado. As rugas ao redor de seus olhos se aprofundaram, testemunhas de uma vida de sorrisos.

— Ah, Zoey! Venha, venha. Quero te mostrar algo.

Apr
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