Encontrei Giuseppe na adega privada, um espaço quase sagrado da mansão, reservado apenas para as garrafas mais raras e especiais. A temperatura era cuidadosamente controlada, e o cheiro de madeira antiga e vinho envelhecido criava uma atmosfera quase mística. As paredes de pedra eram cobertas por prateleiras que abrigavam garrafas que valiam mais que carros de luxo – um testamento à história e tradição dos Bellucci.
Giuseppe estava sentado em uma cadeira antiga de couro, admirando uma garrafa empoeirada sob a luz ambiente. Mesmo aos 83 anos, havia uma força em sua postura que comandava respeito. Suas mãos, marcadas pelo tempo e pelo trabalho, seguravam a garrafa com a reverência que um sacerdote reservaria para um objeto sagrado.
— Giuseppe? — chamei suavemente, não querendo assustá-lo.
Ele ergueu os olhos, um sorriso iluminando seu rosto enrugado. As rugas ao redor de seus olhos se aprofundaram, testemunhas de uma vida de sorrisos.
— Ah, Zoey! Venha, venha. Quero te mostrar algo.
Apr