NATÁLIA
A mulher ardente caminhou até mim, seus passos pequenos. Quanto mais ela caminhava, maior se tornava a distância entre nós.
Eu estava desesperada. Eu precisava me comunicar com ela. Eu tinha que descobrir muitas coisas.
Seus âmbares brilhantes deixaram os meus, descendo para o meu estômago. O fogo que a queimava, diminuía. Eu assisti, admirada, enquanto ela balançava a cabeça, seu cabelo brilhante balançando com o movimento.
— Não deixe que eles saibam sobre isso. — Ela não abriu a boca, apenas me encarou, mas sua voz ainda soava em algum lugar no fundo da minha mente, como se fosse minha segunda consciência falando e não ela.
— O quê? — Eu consegui perguntar à voz enquanto tentava caminhar para frente e encurtar a distância entre nós.
— Não deixe que eles saibam sobre a criança. Eles não a deixarão viver. — A voz advertiu.
Foi como se um balde de água fria tivesse sido despejado sobre mim. Eu acordei, ofegante. As luzes estavam apagadas no meu quarto e eu só conseguia d