NATÁLIA
Eu encarei a mulher à minha frente, sem piscar, parada, sem respirar.
— Finalmente nos encontramos. — O canto dos lábios pintados de vermelho dela se levantou.
Ousada e confiante. Tudo nela gritou isso.
— Quem é você? — Eu baixei a voz desta vez.
Meu coração bateu como louco. Estava com medo de descobrir o que uma mulher estava fazendo ali no meio da noite - uma mulher incrivelmente sexy, por cima de tudo.
— Ricardo não te contou sobre mim? — Ela contornou a ilha da cozinha, vindo em minha direção.
Meu coração bateu forte nos meus ouvidos. — Eu suponho que... Ele não me contou e é por isso que estou te perguntando. Quem é você... E o que está fazendo aqui?
Não pude deixar que ela soubesse que Ricardo raramente me contava qualquer coisa.
— Eu sou a... — Ela pausou e sorriu para mim. — Irmã.
Meus ombros caíram, como se um grande peso tivesse sido levantado deles. Agora, finalmente pude focar na estranha semelhança, na cor dos olhos dela e em suas características familia