ANA
— Você pode dirigir o carro. — Zero me jogou as chaves de repente.
Eu as peguei instintivamente enquanto observava suas sobrancelhas franzidas e os lábios firmes. Algo aconteceu. Eu não sabia o que, mas podia sentir a mudança nele.
Ele estava rindo quando estávamos dentro. Era o som mais bonito que eu já havia ouvido na minha vida. Eu estava hipnotizada e envergonhada ao mesmo tempo. E então saímos e o humor de Zero mudou para aquela nuvem escura novamente.
Sem pegar minha mão ou mesmo me pedir para segui-lo, ele saiu para a chuva. Ele ficou instantaneamente encharcado, as linhas de seus músculos se tornando visíveis sob sua camiseta.
Juntando os lábios, eu decidi correr atrás dele. A chuva fria atingiu meu corpo assim que eu saí da sombra. Eu estremeci, correndo para o carro, passando até por Zero, que se movia devagar e calmo.
Abrindo a porta do carro, eu me sentei dentro. Mesmo depois de tentar salvar meu vestido, eu achava que havia falhado. Suspirei, lançando um olhar pa