ANA
— Você nunca esteve morta. — Deixei escapar, com os olhos arregalados.
Estou em estado de choque nos últimos cinco minutos. Ela me ajudou a me acomodar novamente na cadeira, da qual eu tinha me levantado desesperadamente. Minha mente ainda está entorpecida, e minhas mãos estão frias como gelo.
Ela se senta ao lado direito do Rei Vampiro e me encara por uma eternidade.
Lanço um olhar discreto para Zero pelo canto dos olhos. Ele está olhando pela janela, se recusando a olhar para mim ou para ela. Sei que a presença dela o está incomodando, mas ele também não vai embora. Porque não quer me deixar sozinha com eles, eu sei.
— Eu morri. — Ela suspira.
Olho de volta para ela, e o transe de dormência se despedaça em um milhão de pedaços. A raiva toma o lugar do choque inicial e da negação.
— O que aconteceu? — Mal contenho a fúria e mantenho meu tom equilibrado, neutro.
— Dado que você pensou que eu estava morta, acho que... Zero já te contou o lado dele da história. — Ela sussurra, com se