ANA
— Você realmente quer ir embora? — Ele me coloca de pé e fecha a porta do meu quarto.
Respiro fundo, tentando me acalmar quando tudo que quero é descer e continuar tentando arrancar suas gargantas.
— Sim. — Afasto o cabelo da testa, bufando.
— E quanto à Natália? — Ele me olha com aqueles olhos escuros.
— O que tem ela a ver com isso? — Minha voz baixa enquanto absorvo a completa falta de emoção deste homem.
Como ele está tão bem depois de descobrir sobre sua mãe? Quanto esforço ele está fazendo para manter a calma diante daquela mulher?
— Você veio por ela. Vai ficar bem indo embora agora? — Ele pisca, conscientemente.
— Eu não vim por ela. Vim porque... — Minha voz vai sumindo.
Por quê?
Claro que vim pela Natália. Franzo a testa, baixando o olhar para seu peito coberto, que sobe e desce suavemente.
Ele espera até que eu me recomponha e esteja pronta para responder.
Levanto a cabeça e o encaro por mais um momento. — Vim por ela. Você está certo, mas... acho que o Ricardo pode pro