Parei ao lado dele, olhando para a escuridão do mar, mesclado ao céu estrelado.
- Quer se matar? – perguntei.
A cabeça dele virou na minha direção e não disse nada.
- Vai me ignorar? – Insisti.
- Vá embora, assombração.
- Assombração? – eu ri. – Tenho cara de assombração para você?
- Tem...
- Hum, eu sou uma droga, não é mesmo? – relembrei as palavras dele. – Mas eu acho que posso ser uma droga melhor que o seu uísque, desclassificado mor.
- Sai daqui, porra! Não posso nem sonhar em paz?
Peguei o braço dele e o fiz virar na minha direção:
- Isso não é um sonho, desclassificado. Vamos embora.
- Eu odeio você. – falou, com a voz baixa.
- Eu sei... Nem por isso vou deixá-lo morrer aqui.
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