O jantar havia sido simples, mas perfeito. Aydan, sempre atento aos meus gostos, trouxe para a sobremesa aquela compota de pêssego que eu tanto amava: doce, levemente ácida, com pedaços macios que derretiam na língua. Servimo-nos com colheres generosas e nos acomodamos na cama, com travesseiros empilhados nas costas. Enquanto saboreávamos cada garfada, peguei o controle remoto e comecei a navegar pelos canais. Eu adorava o efeito da luz azulada da TV piscando em nossos rostos.
- Tem algum filme que você esteja a fim de ver? - perguntei, deslizando pelo menu enquanto Aydan se aconchegava mais perto.
O ar no quarto cheirava a pêssego e a promessa de uma noite tranquila.
- Você ainda não enjoou de olhar séries e filmes? – Ele riu.
- Acho que nunca vou enjoar – ri, enquanto enfiava um pêssego inteiro na boca, sentindo o sabor caseiro – Esqueceu que eu não tinha te