- Dia 26

É mais como se um monstrengo cruel sentasse encima de mim e colasse minhas pálpebras com fita pra me manter na cama e, de preferência, desacordada.

E o que eu faço a respeito disso? Aproveito. Porque ele não age apenas no exterior, mas também suga minha energia e força de vontade. Ele ofusca meus talentos, interesses, ânimo, esperança. Ele toma minha vitalidade e substitui por uma satisfação em vegetar, me acomodar, me isolar. Eu não tenho vontade de lutar contra isso e sinto um enorme incômodo em ser incentivada a levantar e ir viver. Isso tudo é encrementado pelo sono excessivo que me incomoda desde antes do diagnóstico de ansiedade.

O ansioso quer carregar o mundo nas costas mas esquece que o que está nas mãos dele é ainda mais limitado que ele - nem a hora de dormir você escolhe, já que se o sono não vem você fica de mãos atadas.

Ter ansiedade, no final das contas, é ter um ensinamento em forma de transtorno e eu espero que você não precise de um.

"Parabé

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