Abelardo, de cabeça baixa e olhos profundos fixos nela, percebeu seu movimento. Ele ergueu a mão, segurou seu delicado tornozelo e a atraiu para perto, envolvendo ela em seu abraço:
— O que você está fazendo? Nina, você está muito travessa.
Com voz rouca, Nina respondeu:
— Me solte.
Abelardo, ligeiramente arqueando as sobrancelhas, abaixou a cabeça para ajeitar uma mecha de cabelo solta atrás da orelha dela, então a levou para fora do quarto.
Com o corpo subitamente no ar, Nina, não habituada, arregalou os olhos.
Ela se agarrou a ele firmemente, temendo que ele a soltasse e ela caísse.
Abelardo, com uma mão apoiando sua cintura e a outra nas costas dela, disse:
— É melhor você se segurar bem, se cair, não me responsabilizo.
Nina ficou chocada.
"Esse desgraçado."
Ela o encarou furiosamente.
Abelardo a levou diretamente para a cozinha, colocou ela sobre a pia, baixou os olhos para beijar o canto de sua boca e, com a outra mão, serviu a ela um copo de água.
Relutante em afastar seus lábio