Nina piscou, olhando para ele com um olhar travesso:
— Claro, ainda bem que você veio, senão eu não conseguiria voltar para casa hoje à noite.
Abelardo, sem alternativa, olhou para ela, se preparando para ajudá-la a levantar, quando Dalila, abraçando Nina e se recusando a soltá-la, começou a bater no braço de Abelardo:
— Vá embora, não toque na minha melhor amiga, ela é minha.
Abelardo ficou sem palavras.
Ele riu, frustrado.
Não esperava que as mulheres também disputassem a atenção de Nina.
Ele tinha acabado de conseguir manter alguém ao seu lado, e agora Dalila aparecia.
Abelardo se virou e deu uma levantada de sobrancelha para Álvaro:
— Álvaro, venha ajudar aqui.
Álvaro, com os lábios apertados, avançou e se posicionou diante de Nina, estendendo a mão para Dalila:
— Venha comigo.
Dalila seguiu a mão dele e, ao encontrar os olhos de Álvaro, seu coração falhou por um momento.
Ela colocou tremulamente o dedo na palma da mão dele e depois se encostou em seu peito, se agarrando firmemente