— Então você veio aqui, mas não foi pra acertar as contas com meu irmão, né?
Dalila fez um biquinho, com uma expressão meio orgulhosa.
Álvaro suspirou, sem saber o que dizer.
— Na sua cabeça, eu sou tão cruel assim?
Dalila respondeu:
— Por que não seria?
Álvaro hesitou por um momento.
"Tá bom, melhor calar a boca." Não queria continuar aquela conversa, nada do que ela dizia era agradável de ouvir.
— Você já bateu na sua irmã? — Dalila perguntou de repente.
Álvaro respondeu com firmeza:
— Não, eu nunca bati em mulheres. Quando minha irmã apronta, eu a disciplino, mas nunca levanto a mão. Apenas homens fracos batem em mulheres.
Dalila ficou curiosa.
— Como você a disciplina, então?
— Confisco a mesada dela, ou proíbo de comprar roupas e bolsas novas por um mês. Às vezes, não deixo ela comer besteiras ou a faço ficar de castigo em pé. Outras vezes, não deixo ela ver os caras bonitos que ela gosta. Tem várias formas de punição, algumas nem lembro mais.
Dalila fe