Álvaro lançou um olhar frio pelo salão privado, se detendo por fim na posição de Marilda.
Ao redor dela, alguns homens já haviam bebido até perderem a compostura, com expressões nitidamente indecentes nos rostos.
Com os lábios finos ligeiramente cerrados, Álvaro fez um gesto com o queixo em direção a Marilda:
— O que aconteceu aqui?
Marilda fungou o nariz antes de responder:
— Esta noite tivemos um encontro acadêmico organizado pela faculdade. Depois da confraternização no hotel, nos trouxeram para cá para beber. Eu queria ir para casa, mas não me deixaram, e eu também não quis ofendê-los. Por isso te liguei. Desculpa se te incomodei.
Álvaro não negou. De fato, ela o havia incomodado.
Ele assentiu de leve, o rosto bonito tinha uma expressão intimidadora.
Dando alguns passos até a mesa, ele estendeu a perna e chutou a canela do homem sentado ao lado.
— Quem diabos me chutou...? Ah! Presidente Álvaro!
Um palavrão ficou preso na garganta do homem e desapareceu assim qu