Marilda encarou Álvaro por um momento e, ao abrir a boca, sua voz era suave como a água:
— Olá, Sr. Álvaro. Desculpe, o trânsito estava um pouco congestionado. Cheguei alguns minutos atrasada e fiz você esperar.
Álvaro sorriu, despreocupado:
— Não tem problema. Acabei de chegar também. O que gostaria de beber?
Marilda sorriu com extrema delicadeza e, quando sorria, duas covinhas bem marcadas apareciam em suas bochechas, o que a fazia parecer doce, além de gentil:
— Eu só quero um copo de água morna. Não costumo tomar café.
"Não toma café e ainda marca um encontro em uma cafeteria?"
Álvaro arqueou levemente as sobrancelhas, surpreso.
Marilda pareceu notar os pensamentos dele e apertou os lábios, ligeiramente constrangida:
— Eu sei que você é o presidente de uma empresa listada na bolsa, e pessoas como você devem gostar de café, por isso escolhi este lugar para nos encontrarmos. Desculpe, foi engraçado da minha parte.
Seus gestos e palavras eram impecáveis, tudo feito