11 — Lua de mel em grupo

O tapete é ridículo e num tom rosa choque queimado que me lembra o esmalte da coleção passada. Os bancos são de madeira avermelhada e as paredes brancas, decoradas com flores tão falsas que são até um pouco amareladas de poeira. O mais irritante mesmo são as luzes fluorescentes, que vão de deixar com olheira nas fotos.

O fotógrafo aleatório contratado na porta da capela bate uma fotografia e me cega com um flash. Quase tropeço na barra do vestido, que é um pouco comprido para mim e quase caio de cara no chão, mas calma, foi só um susto. Puxo a frente da saia e caminho com um sorriso no rosto até a ponta do altar, onde um distraído Fabrício me espera. Ele está conferindo alguma coisa no celular, mas para assim que a música começa a tocar (um pouco atrasada devido a minha entrada catastrófica) e sorri. Seu terno é alugado, mas ele fez questão de

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