CINDERELA
— Está melhor? — Amaymon pergunta limpando as lágrimas em meus olhos.
— Sim — balanço a cabeça.
— Vamos sentar? Quer uma água?
Não respondo, simplesmente porque meu olhos encaram quem menos imagino ver aqui: Anastácia, seguida por um médico, sua mãe e sua irmã.
— O que está acontecendo?
Ele segue meu olhar.
— Ela vai doar sangue.
— Mas eu posso doar? Ou não? — Agora não me lembro se grávidas podem doar sangue. Minha mente está bagunçada demais para sequer alinhar o que sei do que acho que sei.
— Apenas o meu sangue é compatível, querida traidora. — Ela se aproxima dizendo, seu sorriso é radiante, para quem não a conhece.
— Obrigada por fazer isso... — começo a dizer, mas ela me interrompe com uma risada, como se eu tivesse dito a coisa mais engraçada do mundo.
— Eu não vou deixar meu doce ex amante morrer — faz uma pausa —, se vocês me derem o que quero.
— E o que é? — pergunto, sabendo que não vou gostar da resposta.
A risada cessa e o sorriso some.
— Uma aliança nesse dedo