Até que um peão se tornou rainha

Eu sabia aonde estava antes mesmo de abrir meus olhos.

O cheiro era o mesmo, algo como rosas e morangos.

E havia mais um cheiro estranho também.

Um muito, muito familiar.

Quando abro os olhos sei quem eu vou encontrar, e lá está ela, usando um vestido de estrelas e noite, o cabelo ruivo-castanho e os olhos... Era como olhar para um espelho, como olhar para algo além de mim mesma.

Eu olhava para minha irmã.

Não uma alucinação, não uma imagem ficcional, não mais alguma das vozes em minha cabeça.

Era minha irmã.

— Acho que você gosta de fazer isso — Ela diz, as primeiras palavras dela direcionadas a mim — Gosta de roubar meu lugar.

Olho para ela, os olhos vazios de sempre, a mesma casca.

— Mas não importa não é mesmo? — Ela solta uma risadinha — Acho que isso foi apenas uma maneira que o universo achou de fazer piada sobre nosso passado.

O passado.

Quando éramos pequenas e ela matou a nossa mãe, quando fomos para o orfanato.

— As coisas estão se repetindo — É a única resposta que tenho
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