“Rafael”
Eu estava sempre escolhendo a mulher errada, talvez eu devesse pensar em uma vida de celibato. Minha vida amorosa poderia ser descrita como uma ópera de desilusões constantes, desde a adolescência. A mais recente, Melissa Lascuran. Pra quê eu coloquei os olhos nela?
Eu sempre a via pelo prédio com o Fernando, mas aí ele sumiu, eu passei a encontrá-la sempre sozinha e nunca via o carro dele na garagem, pensando agora, talvez por causa dos meus horários no bar, saía à noite e quando voltava no dia seguinte já passava das dez da manhã. Mas ultimamente ela andava sozinha e parecia sempre triste, isso só podia significar que eles tinham terminado.
Aí ela começou a ajudar a minha filha, não só com a matemática, ela dava conselhos e estava sendo uma influência positiva para a Giovana. Como diz o ditado “quem beija os meus, meus lábios adoça”, e adoçou até tomar conta da minha cabeça. E depois veio a história do casamento do amigo. Como eu não iria me interessar por aquela mulher? El