“Lisandra”O fim de semana no haras foram os últimos dias de paz e tranquilidade antes do casamento. A semana transcorreu agitada, com milhares de preparativos e a família me enlouquecendo. Eu já estava no ponto em que só pensava em casar logo para que toda essa loucura passasse ou que talvez nós devêssemos fugir e nos casar em segredo num cartório qualquer, só o Patrício e eu.A Melissa ficou eufórica quando eu mandei para ela a foto do lugar onde eu queria me casar e falei sobre a minha idéia. Ela achou o lugar perfeito e já estava cheia de planos. Ela era audaciosa e eu gostei do que ela sugeriu e juntas nós planejamos algo que eu fiquei até com medo de não conseguir realizar em cinco dias, pois era esse o prazo que teríamos. Mas a Melissa nem se abalou, ela tinha certeza que sairia tudo perfeito.Mas, de tudo, o que me deixou mais nervosa foi o vestido. Eu havia escolhido um modelo em tule e cetim, todo recoberto de lantejoulas brilhantes, com alças finas e decote quadrado. A saia
“Patrício”Eu tinha que admitir, a Melissa sabia o que fazia! Estava tudo muito lindo. Enquanto eu caminhava para o altar montado sob o flamboyant em frente ao lago, de braço dado com a minha mãe, eu admirava os arcos de madeira adornados com cascatas de flores e luzes sob os quais passávamos. Já era noite, mas a iluminação era perfeita e possibilitava ver com clareza cada detalhe.O corredor que levava ao altar, ladeado por compridos bancos de madeira, não tinha tapete, apenas pétalas de flores brancas espalhadas nas laterais complementadas por grandes velas dentro de recipientes altos de vidro. Postes de jardim foram espalhados para que houvesse luz o suficiente, criando um ambiente romântico e agradável. No lago haviam lanternas flutuantes, luzes pendiam do flamboyant e no altar um arco de flores. Foi ali que eu parei e esperei a minha amada.Todas as madrinhas, Mel, Paula, Manu, Cat e Sam, usavam vestidos em diferentes tons de lilás. Depois entraram os filhos do Alessandro espalha
“Lisandra”Estava tudo tão lindo! A cerimônia foi perfeita, principalmente com o Augusto me pegando completamente de surpresa ao me pedir para ser sua madrinha. Eu amo aquele garotinho, nós nos conectamos desde a primeira vez que nos vimos. Então, o seu pedido foi como um presente lindo que eu aceitei com alegria.Enquanto eu caminhava pelo corredor até o altar, a única coisa que eu via era o meu Patrício a minha espera, lindo naquele terno preto de três peças. Eu queria correr até ele! E no final da cerimônia, as coisas que ele me disse, me deixaram nas nuvens. Eu me senti tão amada pelo homem que eu amei a vida inteira e que eu pensei que nunca alcançaria, mas alcancei e agora ele era meu para sempre.No lugar arrumado para a festa, naquele campo verde logo abaixo do local da cerimônia, haviam grandes mesas de banquete, forradas de branco e lilás, ornamentadas com tiras de rosas brancas e lilases que formavam um corredor e haviam arcos que passavam sobre cada mesa, enfeitados de fol
“Patrício”Eu estava ansioso para tirar o vestido da Lisandra, então, assim que o avião decolou eu a levei para o quarto que tinha na parte de trás do avião. Eu não poderia esperar mais para começar a nossa lua de mel. Felizmente o vestido dela tinha um zíper, ao invés de uma fileira interminável de botões e quando eu o abri e o vestido caiu ao chão eu quase tive uma síncope. Ela usava um corpete de renda lilás, que mal cobria os seus seios e uma calcinha minúscula branca, com ligas lilases. Era sexy e atrevido, tão pequeno e tão bem ajustado que parecia apenas um desenho de renda em seu corpo perfeito. Eu era um homem de sorte. Eu fui ganancioso com o corpo dela durante aquela viagem e não houve um só centímetro dele que eu tenha negligenciado. Nossa lua de mel foi ainda melhor do que eu imaginei, dez dias na Espanha a mostrando todos os meus lugares favoritos naquele país.Mas nada, nem a lua de mel, nem a festa de casamento, absolutamente nada tinha sido melhor do que entrar em cas
“Lisandra”Os meses estavam passando depressa. O Patrício era o melhor e mais dedicado pai, estava sempre atento e cuidadoso. Como marido ele era mais perfeito que eu já tivesse sonhado e eu vivia a minha realidade que era muito melhor que um sonho.Mas eu via uma outra história começar. Eu via o Augusto sempre pendente da Marisol. Ele era louco por ela e sempre que podia ia lá pra casa e ficava horas olhando para a minha bebê. Minha mãe foi quem notou aquilo e chamou a minha atenção. Ela viu o cuidado e a preocupação do Augusto com a Marisol e sorriu.- Sabe, eu já vi esse filme. – Minha mãe falou.- Que filme, mãe? – Eu perguntei curiosa.- De um garotinho muito esperto que fica encantado com uma bebêzinha linda e não consegue ficar longe dela. – Minha mãe sorriu olhando para o Augusto sorrindo para a Marisol no carrinho de bebê.- Ele era assim comigo? – Eu ri.- Sim, o Patrício era exatamente assim com você. Ficava horas te olhando e sorrindo. Mas não tem novidade, ele ainda faz i
CASAL 5 – AMIGOS POR ACASO, AMOR INESPERADOCapítulo 1: Finalmente o divórcio“Rick”Eu estava sentado sozinho em um bar, bebendo depois de um dia que tinha sido um pesadelo. Era muito irônico, quando os meus amigos estavam solteiros eu me casei e quando eles estavam se casando e tendo seus filhos eu estava assinando o meu divórcio. Então eu precisava beber, mas tinha que fazer isso sozinho, pois eles estavam todos às voltas com suas mulheres e seus filhos, ou quase todos, mas o Nando, embora fosse o único ainda solteiro, não bebia.A verdade é que o fim do meu casamento significava muito mais do que duas pessoas que decidem seguir caminhos opostos, significava que eu tinha falhado e que muito provavelmente terminaria os meus dias sozinho, pois eu estava tão quebrado que provavelmente não confiaria em nenhuma outra mulher nunca mais na vida.É, esse dia não poderia ter sido pior pra mim, estar diante de um juiz e assinar aqueles papéis de divórcio foi como levar um soco no estômago e
“Ricardo”Eu pisquei várias vezes, mas a imagem continuava ali em minha frente, então eu esfreguei os olhos e a moça bonita ampliou o sorriso. Mas foi só quando ela pousou a mão em meu braço e eu senti o seu calor do seu toque que me convenci de que eu não estava alucinando.- Ricardo, não é possível que você bebeu tanto assim a ponto de duvidar do que vê. – Ela havia notado a minha confusão.- Não sei se duas doses de whisky são suficientes pra alucinar. – Eu brinquei com ela.- Se forem todas duplas, são quatro doses. Mas eu não acho que seja o suficiente para causar uma alucinação. – Então ela ficou de pé diante de mim. – Você pode me tocar e ter certeza de que eu sou real. Vai, toca em mim.- Talvez eu deva manter as minhas mãos longe de você. – Eu brinquei, mas havia um fundo de verdade nisso, ela era linda e se eu não queria tocá-la, não era porque eu não precisava ver se era real, mas por outro motivo, só que eu sabia bem que era melhor não mexer nesse vespeiro, ela era a Anabe
“Ricardo”Eu dirigi para a minha casa com a Anabel sentada ao meu lado num silêncio cortante. Aquela garota não era boba, ela sabia exatamente o que queria e como queria. Eu precisei fazer um esforço monumental para prestar atenção no trânsito e não pular em cima dela, que cruzava e descruzava as pernas fazendo aquele vestidinho curto subir ainda mais. Eu estava sentindo como se o meu corpo estivesse despertando de um longo sono e ele estava despertando com muita fome.Eu estacionei o carro na garagem e abri a porta para a Anabel descer. Ela saiu me olhando com aqueles olhos que pareciam em chamas. Eu abri a porta lateral, que dava acesso à cozinha e nós entramos. Eu indiquei o caminho para a sala e ela passou em minha frente. Eu aproveitei para observá-la caminhando, ela tinha um andar leve e elegante, mas o movimento do seu quadril realçado por aquele vestido era um verdadeiro teste de controle.Quando chegamos a sala, sem dizer uma palavra, eu me aproximei por trás dela e passei o