“Rita”
Cheguei ao cartório e o Cândido já estava lá, todo garboso, se achando o noivo do ano. Conversava com o tabelião e eu vi o momento em que lhe passou um envelope bem gordo, com certeza o dinheiro pelo casamento duvidoso que ia realizar.
- Cândido! Onde ela está? – Perguntei ao me aproximar.
- Calma, Fofa! Minha noiva está chegando. – Cândido estava muito tranquilo.
- Você deveria ter marcado isso na sua casa ou na fazenda, assim aqueles policiais não poderiam atrapalhar. – Eu não entendi porque ele quis fazer isso no cartório.
- Olha, Fofa, eu também preferiria, mas o tabelião não poderia ir hoje e como eu tenho pressa em resolver isso, nós estamos aqui. Mas ninguém vai nos incomodar. – Cândido não demonstrava nenhuma preocupação.
- Para de me chamar de Fofa. – O alertei e ele riu, era um cretino mesmo. – Como você tem tanta certeza que não vão nos encontrar aqui antes desse casamento?
- Mandei o delegado resolver isso e ele mandou aqueles idiotas lá pros lados da grota. Até vol