“Fernando”
Eu apertei a mão da Melissa na minha antes de caminhar em direção ao meu tio que já nos esperava na porta. Ele nos olhava com satisfação, como se esperasse por aquele momento há muito tempo.
- Meus sobrinhos queridos! – Ele abriu os braços e acolheu a Melissa e a mim ao mesmo tempo.
- Tio Álvaro, impressão minha ou você sempre soube que eu viria? – Eu dei um sorriso sem graça.
- Nando, sendo bem sincero, eu sabia que esse dia chegaria, o hospital está no DNA dos Molina. E acredite, você não é o primeiro a querer fugir dele. – Meu tio despertou minha curiosidade.
- Minhas primas já fugiram. – Eu brinquei e ele fez uma careta pra mim, nos convidando a entrar.
- Aquelas duas. – Ele bufou. – A mãe as mimou demais e elas agora acham que são estilistas, mas têm um mau gosto assustador. Não é porque são minhas filhas que eu vou mentir. E ainda escolheram aqueles maridos... nenhum dos dois se interessa pelo hospital. Só sobrou você, Nando.
- Isso deveria ser lisonjeiro? Porque não