RAOUL
— Pai, tem alguns minutos? — encontro meu pai sozinho na sala quando chego do colégio.
— Claro.
Jogo minha mochila sobre o sofá e me sento na mesa de centro.
— Quero seus conselhos para um primeiro encontro.
— Me diz, o que planejou?
— Jantar em um restaurante beira-mar e a nossa primeira vez.
— Entendo. — Ele leva a mão ao queixo, pensativo. — Vou te dar algumas dicas. Primeiro: agrade os pais dela. Flores, vinho... algo assim.
— Verdade, Carmine gosta muito dos pais. Isso vai ser legal.
— Outra coisa, seja paciente. Deixe as coisas rolarem no tempo dela. — Sorrio. — O que foi?
— Ela quer as coisas na velocidade da luz.
— Jovens! — papai ri e pega o celular. — Entra no grupo.
Quando abro tem uma mensagem dele.
Pai: “Quero todos na concessionária do shopping agora.”
Levanto a sobrancelha.
E ele apenas diz:
— Vem comigo.
Eu realmente passei a tarde toda desejando mais de Carmine. Ela tem sorte que sou um namorado esforçado. Não atrapalharia sua amizade com a única pessoa que pare