A primeira coisa que pensei quando Lilith me beijou foi: ferrou.
Porque, naquele momento, percebi que eu estava completamente ferrado.
Eu gostava dela. Não só do jeito desafiador, inteligente e caótico dela. Eu gostava dela de verdade.
E agora todo mundo sabia disso.
Eu só espero que ela não saiba.
Entramos no refeitório de mãos dadas, e eu senti os olhares sobre nós. Era engraçado como, em uma escola onde já aconteceu de tudo, a maior fofoca do dia ainda era sobre quem estava namorando quem.
Isabella nos encarava de longe, sua expressão era ilegível, mas eu conhecia aquele olhar — era o olhar de quem via seu jogo escapando pelo ralo.
Henry estava mais difícil de decifrar. Ele olhou para Lilith e depois para mim, como se tentasse entender como diabos isso tinha acontecido.
Sentei-me ao lado de Lilith, que começou a comer como se nada estivesse acontecendo.
— Você está bem tranquila para alguém que acabou de virar o centro das atenções. — Sussurrei.
Ela deu de ombros