(Esmen)
Ele pareceu levar uma descarga elétrica com a pergunta repentina.
“É notório que nunca falamos sobre sentimentos.”
Quanta coisa eu tinha feito de errado com este homem? Não havíamos ficado juntos uma sequer vez e ainda não o tinha ensinado sobre amor?
“Eu não lhe dou carinho?”
— Não! — sua resposta foi seca e rápida.
Minha mão soltou a sua. Imediatamente, me afastei de seu toque, que pareceu gelar em minha face.
— Digo… — ele apertou os dedos da mão que me tocou, parecendo ter dificuldade em aceitar que havia encostado em meu rosto.
— Não somos assim. Não nos envolvemos. — tentou explicar, parando sua fala com uma frase ambígua.
— E eu não te amava? — ele apertou os olhos seguidas vezes, semicerrando-os.
— Não. Você não me amava! — assegurou.
— Como sabe? — ele pareceu pensar em sua óbvia resposta, mas não me revelou.
— Nosso casamento foi um acordo. Eu precisava de uma noiva. E você era alguém capaz e apta para estar ao meu lado.
Não soube dizer se ele falava co