Marcelo olhou para Poliana instintivamente.
Ela estava sentada com Vic e agora sussurrava algo para ele.
Era como se ela não tivesse ouvido o que Gustavo disse ao telefone.
Claro que ela tinha ouvido, e o ar estava preso em seu peito, tornando difícil respirar.
Mas mostrar seus verdadeiros sentimentos no rosto e receber olhares de pena dos outros seria ainda pior.
Marcelo desviou o olhar e perguntou a Gustavo:
— Tem que ser você mesmo a ir?
Gustavo assentiu com firmeza:
— Sim, é muito importante.
Por mais que Poliana tentasse controlar suas expressões, suas mãos tremeram ao ouvir isso.
O sempre elegante e gentil Marcelo franziu o rosto.
— Se é tão importante assim, deixe que a Poli vá com você.
Antes que Gustavo pudesse responder, Poliana se virou e sorriu:
— Tio Marcelo, eu não vou ser de muita ajuda. É melhor eu ficar aqui com o a Vic.
Gustavo lançou-lhe um olhar sombrio e disse:
— Descansem cedo, vocês duas.
Ele se foi sem mais palavras.
Assim que a