As feridas causadas pelo chicote eram graves, e agora, mesmo tendo despertado, Poliana ainda lutava contra a febre alta, permanecendo atordoada e confusa. Quando viu Marcelo entrar de repente, ela não conseguiu reagir de imediato.
Foi somente quando ele se sentou ao seu lado que ela finalmente recobrou o sentido.
— Tio, o senhor não tinha ido para o exterior? — Perguntou ela, com os olhos um tanto atônitos.
Marcelo a observava atentamente, de cima a baixo. Seus olhos se fixaram nas faixas de gaze que cobriam seu pescoço e ombros, ainda visíveis por baixo das roupas.
Percebeu também que o local da mão esquerda, onde uma agulha ainda estava inserida, já apresentava uma coloração arroxeada.
Ele ainda se lembrava de como ela parecia envolta em uma aura suave e luminosa quando havia ido com Gustavo à festa de aniversário da Vic, mas agora as suas mãos pareciam mais magras e cansadas.
Uma sensação de desconforto, como se seu estômago estivesse apertado, tomou conta dele. Sentiu uma pontad