Viviane estava tensa, apertando fortemente a coxa debaixo dos cobertores para distrair-se da dor, tentando se convencer a ignorar a voz suplicante de Ricardo:
- Não é nada, estou só um pouco cansada e não quero falar. Já comprou as passagens para amanhã?
Ricardo, vendo um fio de cabelo grudado no rosto de Viviane, estendeu a mão para afastá-lo, mas ela se esquivou novamente.
Ele olhou para a mão vazia, sentindo uma pontada no coração, mas ainda assim disse com ternura e indulgência:
- Não é preciso comprar passagem, podemos pegar meu jato particular.
Viviane tinha muitas perguntas, mas toda vez que Ricardo falava, ela se sentia culpada. A ideia de que Ricardo não estava mentindo para ela era fácil de acreditar, especialmente com sua voz baixa e profunda. Ela precisava de toda a sua força para reprimir esses pensamentos.
- Vou dormir.
- Tudo bem. - Ricardo a cobriu cuidadosamente com o edredom.
Desta vez, Viviane não se afastou.
Enquanto isso, no aeroporto do país TZ:
Joaquim retirou a