Ele pegou o celular e fez uma ligação para o número da família de Cloé, preparando-se para enfrentar o inevitável. Não era uma ligação fácil. Ele sabia que, do outro lado, a dor viria em ondas, que seriam sentidas com intensidade e desespero. A notícia sobre a morte de Cloé provavelmente viria como um choque, uma realidade cruel demais para ser processada.
Quando a ligação foi atendida, o som da voz do pai de Cloé do outro lado da linha era carregado de expectativa.
— Alô, quem fala? — perguntou o homem, com a voz baixa e cautelosa.
Tomasi respirou fundo antes de falar.
— Sr. Alberto, aqui é o Tomasi. Eu estou no local do acidente. Tenho notícias sobre a sua filha... — Ele sentiu o nó na garganta. Falar aquelas palavras nunca seria fácil.
Do outro lado da linha, houve um silêncio pesado. O pai de Cloé provavelmente estava esperando por algum tipo de atualização. Mas a gravidade da voz de Tomasi deixou claro que a situação não era boa.
— O que aconteceu com ela? — A voz do pai de Cloé